terça-feira, 3 de março de 2020

A CURA MILAGROSA DE DANILA CASTELLI EM LOURDES

Ela nasceu em 16 janeiro de 1946 na cidade de Bereguardo, Itália, é casada, mãe de família e mora em Pavia, Itália. Até os 34 anos de idade levou uma vida normal, quando começou a padecer de crises de hipertensão (pressão alta) espontâneas graves.
Em 1982, exames radiológicos e ecografias revelaram a existência de um tumor para-uterino e um útero fibromatóide. Danila foi objeto então de uma histerectomia (ablação do útero) e de uma anexectomia (excisão de anexos uterinos). Sua situação foi piorando e em novembro de 1982 ela foi objeto de uma ablação parcial do pâncreas.
No ano seguinte, uma cintilografia (exame que permite a visualização de órgão) confirmou a presença de “feocromocitomas” (doença tumoral que produz catecolaminas, ou tumores raros que se desenvolvem na região medular das glândulas suprarrenais) na região do rectum, da vesícula e da vagina.
Até 1988, passou por diversas intervenções cirúrgicas com o objetivo de eliminar os focos que provocavam as crises de tensão arterial. Porém, o efeito foi nulo. Desde 1983, Danila começou a peregrinar todo ano a Lourdes.
A peregrinação de 1989 parecia ser a última. Ela passava muito mal. “Estava desenganada”, conta ela. Mas, foi nessa romaria em que tudo parecia perdido, quando ela tinha 43 anos e após 9 anos de sofrimentos continuados, que Nossa Senhora lhe concedeu o milagre.

No dia 4 de maio, Danila tomou banho nas piscinas do santuário obedecendo ao pedido de Nossa Senhora transmitido por Santa Bernadette: “a Senhora me disse que eu deveria beber da fonte e lavar-me nela”.
Naquele momento sentiu um bem-estar extraordinário. A seguir, ela se apresentou ao Escritório de Constatações Médicas de Lourdes (Bureau des Constatations Médicales de Lourdes) e declarou o que lhe tinha acontecido.
Como é de praxe, foi analisada, teve que fornecer os resultados dos exames antes e após a cura extraordinária e responder a todas as perguntas médicas.
O Bureau realizou cinco reuniões (em 1989, 1992, 1994, 1997 e 2010 respectivamente) e acabou constatando a cura inexplicável pela ciência.
Os médicos tiveram ainda que votar o caso e com um voto formal e unânime declararam:

“A Sra. Castelli esta curada de maneira completa e durável, desde sua peregrinação a Lourdes em 1989, do síndrome que ela sofria, e isto sem relação com as intervenções e tratamentos médicos”.

Desde a data do milagre, Danila Castelli retomou uma vida totalmente normal. O caso de Danila foi então para o Comité Médico Internacional de Lourdes – CMIL (Comité Médical International de Lourdes).
O CMIL é uma espécie de segunda instancia médica que revisa e critica a decisão dos médicos do Escritório de Constatações Médicas de Lourdes, que é uma espécie de primeira instância. Os médicos do CMIL não tem relação com o Escritório de Lourdes e é composto de outras autoridades, que muitas vezes moram no exterior.
Por fim, o CMIL, reunido em Paris, em 19 de novembro 2011, confirmou e certificou:

“que o modo da cura continua sendo inexplicável no atual estágio dos conhecimentos científicos”.

Danila: A doença se apresentou na época mais bela da minha vida, quando finalmente eu e meu marido tínhamos vencido alguns problemas e poderíamos ter um certo alívio com os nossos filhos. E quando tudo parecia que ia abrir-se aquela doença fechou e bloqueou tudo.  Naquela altura eu Jesus já era presente na minha vida  e a sua presença era tão forte que quase o sentia fisicamente junto à Mim. Então entrou essa doença que me devastou por mais de 10 anos, e que no princípio era como um inimigo desconhecido quase.  Depois se tornou um pouco conhecido, embora muito pouco, porque este tipo de tumor endócrino era dificil de identificar, porque naquele tempo não haviam meios nem instrumentos apropriados para tanto. Era um combate com um inimigo que não tem rosto e que se camufla. E este inimigo me causava crises fortíssimas que depois passavam e que causavam um impacto muito forte, sobretudo psicologicamente. Era perfeitamente visto no microscópio como se formavam gânglios no sistema nervoso simpático onde eram gerenciados os hormônios que controlam a pressão, assim as coisas mais simples da vida como comer, tomar banho ou fazer qualquer atividade em casa em mim desencadeavam crises mortais. A pressão se descontrolava com uma violência extrema e todo o meu organismo estava sempre em risco de morte.  Assim passavam os dias e eu sempre com a pressão descontrolada. Chegou a um ponto que eu não conseguia fazer mais nada.  Então, em 1989 os médicos disseram que não havia mais nada a fazer por mim. O meu marido então decidiu fazer uma viagem para Lourdes como uma última tentativa de me curar.  Embora eu fosse em Lourdes todos os anos desde 1983, eu não estava tão disposta a fazer aquela viagem, mas o meu marido insistiu tanto que Nossa Senhora tinha algo para me dizer que então eu pensei: vai ser a nossa última viagem. Eu vou. Então em 15 minutos nós saímos esquecendo quase tudo para trás. Fomos de carro até Lourdes, e é preciso dizer que em Lourdes não é uma estátua, mas sim uma mãe que está presente ali. Eu entendi isso principalmente quando eu fiz o último banho de piscina.     Era isso que eu sentia quando eu estava para fazer o último banho de piscina no dia 4 de maio de 1989. Ali, eu me lembrei de todos anos de doença, o sofrimento do meu marido, dos meus filhos, o meu próprio. Então as senhoras que estava me ajudando no banho me disseram para pedir algo a NOssa Senhora. Eu pensei: acho que vou pedir a morte. Mas aí eu me lembrei que nós cristãos devemos sempre pedir a vida, independentemente de   termos saúde ou não. Então eu pedi a vida. Pedi que o Senhor me desse a vida que ele quisesse me dar. Eu estava muito comovida, a água era muito fria, eu me lembrava seguidamente dos meus filhos, de como eles ficariam com o meu marido se eu morresse, e o meu marido era tão cheio de raiva, de ódio por causa da minha doença, eu pedia ao Senhor que lhe desse a graça de ter paz no coração, eu pedia a NOssa Senhora que fizesse alguma coisa, não sabia nem que coisa devia pedir a Ela. E ela fez. Quando eu saí vi o meu marido que devia estar no hotel mas havia ido atrás de mim para ver o que se passava e então eu vi como ele se transformou completamente e muitas coisas que ele não conseguia perdoar nem aceitar na vida dele ele agora conseguia e estava em paz. Foi então que eu percebi que eu sentia um enorme bem estar, que continuou depois disso e desde então eu não tive mais nenhuma crise da doença. Depois disso, voltando para casa, pude ter uma vida normal, a normalidade que durante 10 anos eu não tinha podido ter jamais por causa da doença. A doença desapareceu por completo, e apesar de hoje eu ter alguns problemas de saúde, porque os miraculados são seres humanos normais com os problemas de todo mundo, eu nunca mais tive aquela doença de novo. Para mim, é uma grande responsabilidade o milagre que recebi, pois se o senhor me deu essa graça é para levar aos outros e fazer com que os outros o encontrem também. E de Lourdes fica essa enorme gratidão ao Senhor por ter enviado a sua Mãe. O senhor é maravilhoso por se fazer mais próximo e a sua presença mais visível naquele lugar, e a minha cura tornou a sua presença mais visível, porque nós temos olhos humanos e necessitamos ver, e eu vi em primeiro lugar a sua beleza, a sua misericórdia, a sua bondade,  e sinto que a minha cura serve para abrir os olhos de quem não vê a presença do senhor, serve para despertar a fé nos corações adormecidos, para verem que o Senhor está conosco e não nos deixará sozinhos mais.  Penso que o milagre de Lourdes é isso: Deus que nos ama e permanece conosco.  

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