segunda-feira, 2 de março de 2020

CURA MILAGROSA DA IRMÃ LUIGINA TRAVERSO

O Dr. Alessandro de Franciscis explicou o caso médico da Irmã Luigina Traverso: ciática lombar esquerda paralisante, hérnia de disco, pé paralisado, diversas intervenções cirúrgicas na coluna vertebral sem resultado.
A irmã Luigina Traverso, religiosa salesiana, nasceu em 1934. Em julho de 1965 ela se encontrava “gravemente doente” e só ficava de maca, não andava e fora operada diversas vezes sem sucesso.

A Irmã Luigina peregrinou a Lourdes e tomou banho nas piscinas do santuário, como Nossa Senhora pediu a santa Bernadette.
Em 23 de julho, na Bênção dos Doentes, enquanto o sacerdote passava com a hóstia consagrada na procissão eucarística, ela sentiu um “forte calor em seu corpo e o desejo de se levantar”.

" Eu estava doente faziam 10 anos, totalmente paralisada, desde 1955. Sentia muitas dores e não podia nem ficar sentada. Se eu ficasse em pé em poucos instantes sentia uma terrível dor na coluna e tinha que deitar-me imediatamente. Eram tantas dores que somente à base de calmantes eu podia ir adiante com a vida.  Eu fui à Lourdes porque o médico que tratava de mim me disse que tinha feito tudo o que podia fazer para me curar e como não tinha conseguido me curar que eu devia pedir àquele lá de cima que fizesse algo por mim. 
Eu estava ouvindo na rádio o congresso eucarístico de Pisa e então me veio a idéia de ir à Lourdes. Eu tinha sido convidada um ano antes mas não tinha ido. Então falei com a minha superiora e pedi a ela se eu podia ir à Lourdes e ela concordou e falou com o responsável pela peregrinação da oftal de Tortona pedindo dois lugares para mim e para outra irmã. Então nos colocaram na peregrinação de julho daquele ano de 1965. Eu tinha tanta confiança e esperança e a minha superiora me dizia: " se você conseguir ficar sentada já está bom", mas eu dizia: não! Ou tudo ou nada! E eu tinha tanta confiança que eu dizia: se o SEnhor quiser fazer ele o fará porque Ele pode fazer tudo!  A minha superiora mandou que todas as minhas co-irmãs do convento rezassem por mim, de modo que eu tive a ajuda de toda a minha comunidade embora eu não soubesse porque não me disseram. Quando cheguei em Lourdes o médico veio ver-me e me disse: Irmã Luigina, a senhora veio pedir a sua cura. Agora se faça de petulante com Nossa Senhora e peça, peça, peça! E não só eu, mas também as minhas co-irmãs no convento também fizera, pois a ordem da minha superiora para todas era: rezar, observância perfeita da Regra e da caridade. Se uma destas falta, a graça não chega. A graça chegou improvisamente. Como filha de Maria AUXILIADORA que sou eu esperava a graça para o dia 24 de julho. Pensava: SE vier, a graça virá no dia 24,  mas ao invés veio na véspera dia 23. Nesse dia, fizemos toda a jornada de oração, de piscina da água da fonte, depois estávamos na praça para a benção do Santíssimo. Quando este chegou na praça para a benção, eu estava no lado direito da praça olhando para a basílica, e o santíssimo chegou da parte esquerda. A praça estava repleta de pessoas. Eu me sentia como se fosse a mulher do evangelho que tinha uma hemorragia e que tocou no manto de Jesus. E eu via o bispo que estava de costas para mim dando a benção para os doentes do lado oposto. E a minha oração era sempre a mesma: " Se o meu médico pudesse operar-me ele o faria, mas não pode fazer mais nada. Mas se vós quiserdes, vós podeis Senhor. A minha oração era essa. Então naquele momento, como um choque fortíssimo, calor, frio, sentia a perna que se esticava e eu tremia toda. Fiquei assustada e pensei: que coisa está me acontecendo aqui? Depois tudo se acalmou e eu como por instinto pensei em experimentar usar a perna que era paralisada e agora se movia.  A perna e o meu pé paralisados se moviam perfeitamente e eu não sentia mais nenhuma dor. Aqui podem imaginar a minha emoção. Então eu disse para as pessoas à minha volta que cuidavam de mim que eu queria me levantar a e caminhar experimentando a minha perna curada mas me dissera que não era possível e que devia esperar o fim da procissão. Esperamos e depois a minha superiora mandou que ninguém falasse nada porque ela tinha medo que fosse auto sugestão minha. Eu era segura, seguríssima, e não me aguentava de vontade de caminhar porque pra mim era uma coisa natural, eu não sentia mais nenhuma dor, eu movia a perna perfeitamente, e então eu fiz alguns passos de consegui andar perfeitamente sem nenhum problema mais, e eu tinha uma certeza interior que eu tinha sido curada totalmente.
E que a senhora pensou então?
-Depois chegou o médico da peregrinação, também o capelão, eu pedi a benção para ele e ele sorrindo me disse: se você deseja venha ajoelhar-se aqui. Então, eu que acreditava que estava curada, fui, ajoelhei-me diante dele sem nenhuma dor e ele abençoou-me. Fui de novo colocada no leito. O capelão saiu chorando com o médico, depois chegou o bispo e em seguida uma multidão imensa de pessoas querendo me ver e saber tudo o que tinha acontecido. 
-Por que a senhora acha que foi curada?
-Já se passaram mais de 50 anos e até hoje eu me pergunto: por que eu? Eu voltei em Lourdes muitas e muitas vezes acompanhando os doentes, alguns muitos graves, e que na hora da benção dos doentes clamam: Jesus, cura-me! Salva-me Senhor! Isso me faz morrer por dentro.Quando eu fui curada tinha um menino de uns 7 anos perto de mim que pedia a cura também mas ele não foi curado e eu sim. E eu me pergunto: porque eu e não ele senhor? Mas, a única resposta que se ouve é o mistério de Deus.  Contudo, eu sou profundamente grata ao Senhor e à Madonna de Lourdes pela graça maravilhosa realizada em mim que mudou a minha vida para sempre."
Hoje, a irmã Luigina dá o seu testemunho abertamente em vários programas da televisão italiana para crentes e descrentes encantando a todos que a ouvem. 
Em 27 de julho de 1965 – portanto quatro dias após a cura miraculosa – o professor Claudio Rinaldi registrou “boas condições gerais […] articulações inferiores totalmente móveis com igual força e simetria […] sensibilidade normal”.
Desde aquela data, a Irmã Luigina nunca voltou a ter qualquer tipo de manifestação da doença.

Em julho de 2010, muitos anos após a abertura do processo médico de análise, durante a peregrinação da associação Oftal, da Itália, o caso da Irmã Luigina Traverso foi julgado pelo “Bureau Medical”.
Este votou por unanimidade pelo reconhecimento da “cura completa e permanente”.

Em 19 de novembro de 2011, em Paris, o Comité Médico Internacional de Lourdes (CMIL) confirmou o “caráter inexplicável da cura posto o estado atual dos conhecimentos da ciência”.
O bispo de Lourdes transmitiu então ao bispo de Casale Monferrato o julgamento final dos médicos do CMIL irmã  Luigina tornou-se assim a 68º miraculada de Lourdes.
Em Lourdes, quando foi anunciado o reconhecimento da cura milagrosa da irmã Luigina houve uma verdadeira explosão de fé e alegria nos corações dos peregrinos. 

   
                  

Nenhum comentário:

Postar um comentário